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14 years ago 6 |
Este tutorial explica como fazer a atualização (upgrade) para uma nova versão do Linux Mint, e é uma tradução do tutorial original em inglês escrito por Clement Lefébvre, disponível em http://community.linuxmint.com/tutorial/view/2.
Essa atualização ocorre, por exemplo, quando instalamos o Linux Mint 9 em um computador onde já está rodando o Linux Mint 8 ou anterior.
Observação: Neste turorial, os termos atualização e upgrade serão usados de forma equivalente, e se referem exlusivamente à atualização do sistema operacional, o que é totalmente diferente de atualizar os programas instalados (update). Enquanto este último é um procedimento rotineiro e automático, a atualização do sistema é um procedimento crítico que deve ser feito com cuidado e planejamento.
Se tudo está funcionando direitinho e você está feliz com seu sistema atual, então não é necessário atualizar.
Uma nova versão do Linux Mint é lançada a cada 6 meses. Ela geralmente vem com novos recursos e melhorias, mas não há nada errado em manter a versão que você já usa. Na verdade, você poderia "saltar" várias versões, mantendo aquela que funciona melhor para você.
Cada edição recebe correções de erros e atualizações de segurança por cerca de 18 meses (ou 3 anos em caso de versõs LTS - Long Term Support / Suporte de Longo Prazo - tais como Linux Mint 5 ou Linux Mint 9). A equipe de desenvolvimento também tende a estar mais focada na última versão. Caso correções de erro e atualizações de segurança sejam importantes para você, você deve fazer o upgrade para novas versões regularemente. Se não for esse o caso, não há nada de errado em manter as coisas como estão.
Como uma regra geral... a menos que você precise, ou a menos que você realmente queira, não há razão para fazer o upgrade.
As coisas mais fundamentais com relação a fazer o upgrade do sistema são:
Seus dados pessoais são a coisa mais valiosa em seu computador. Se alguma coisa acontecer e seu sistema operacional ficar inutilizável, isso não é um grande problema, pois basta reinstalá-lo. Já se você perder os seus dados... aí a história é diferente.
Então... Não importa de que forma você fará o upgrade do sistema: a primeira coisa a fazer é uma cópia de segurança de seus dados.
Também é importante garantir que a edição para a qual voc? pretende atualizar é adequada para você. Cada edição vem com um kernel diferente. Isso significa que ele gerencia o hardware de forma diferente. Por exemplo, você pode descobrir que uma placa de vídeo ou adaptador wireless que atualmente funciona bem no Linux Mint que você usa, simplesmente não é reconhecida pela nova versão para a qual você pretende atualizar. Em alguns casos, isso pode significar que atualizar para a última versão é a decisão errada. Será que é melhor esperar pela próxima versão futura? Só há uma maneira de descobrir: é preciso tentar.
O Linux Mint vem em um LiveCD. Graças a isso, você pode testar a mais nova versão em seu computador e verificar se o seu hardware é reconhecido e se tudo funciona perfetamente antes de realizar o upgrade.
Para fazer isso de forma segura:
Há muitas maneiras diferentes de fazer o upgrade para uma nova edição do Linux Mint, mas podemos categorizá-las em dois grupos: "do zero" e "por pacote"
Em uma atualização/instalação "do zero" você vai usar o LiveCD para instalar o sistema sobrescrevendo (formatando) as partições usadas.
Um upgrade com instalação "do zero" consiste nas seguintes etapas:
Esta é a forma recomendada de atualizar o Linux Mint e oferece as seguintes vantagens:
A atualização "por pacote", ou via repositórios, consiste nos seguintes passos:
O APT é o sistema de gerenciamento de pacotes usado pelo Linux Mint. Alternativamente, algumas edições receberam uma ferramenta gráfica para realizar essas etapas de upgrade.
Essa forma de atualização do Linux Mint somente é recomendável para usuários avançados.
Aqui estão as vantagens e desvantagens de atualizar o sistema desta forma:
Desvantagens:
Vantagens:
Neste tutorial, faremos um upgrade "do zero".
Você precisa salvar seus dados pessoais e sua seleção de softwares instalados: seus dados, simplesmente porque você não quer perdê-los... e sua seleção de softwares, porque depois da instalação você não vai querer instalar manualmente todos os programas que já estavam instalados em seu sistema anterior.
Se você já estiver usando o Linux Mint 9 ou uma versão posterior, você pode ignorar este parágrafo e ir diretamente à seção D1.2.
Se você estiver usando uma versão anterior do Linux Mint, você deve fazer o seguinte:
Abra o Mint Backup indo em Menu -> Administration -> Backup Tool
Clique em "Backup files" (botão superior esquerdo). A tela abaixo deverá aparecer:
Para ganhar tempo e espaço, exclua coisas de que você não precisa. Por exemplo, o usuário acima não achou necessário fazer uma cópia das pastas "Downloads" e "sandbox", mas isso é uma questão puramente individual.
Em seguida, clique em "Forward" (avançar/próximo)
Revise as informações sobre o seu backup, e caso esteja de acordo, clique em "Apply" (aplicar)
Nota: quando o backup terminar, tenha certeza de revisar o resultado manualmente. Não importa quanta confiança você deposite na ferramente de backup, vá até a pasta de destino, e verifique se os seus arquivos e diretórios foram todos corretamente copiados. Uma boa idéia é clicar com o botão direito em "Propriedades", e verificar se a quantidade e o tamanho dos arquivos é a mesma na(s) origem(ns) e no(s) destino(s). Se você preferiu fazer o backup em um arquivo compactado, certifique-se de abri-lo e verificar se ele está funcionando ou não, e se contém tudo o que deveria. O MintBackup é uma ferramenta estável, mas pode sempre haver algum bug, ou você pode ter esquecido de algo... Já que estamos falando dos seus dados pessoais, esteja absolutamente certo antes de mais nada.
Abra o MintBackup indo em Menu -> Administration -> Backup Tool
Clique em "Backup software selection".
Selecione o local onde os arquivos serão copiados em "destination" (destino) - de preferência um volume externo ou fisicamente separado, já que a pasta home existente será formatada durante a instalação da nova versão do Linux Mint.
A tela seguinte mostra todos os pacotes que você adicionou ao Linux Mint. Remova a seleção daqueles pacotes que você não pretende incluir no backup e clique em "Apply" (aplicar).
Nota: Quando o seu backup estiver concluído (o que não deve demorar muito), vá até a pasta de destino e verifique a existência de um arquivo cujo nome começa com "software_selection" (ou algo equivalente em português). Esse é o arquivo de backup da seleção de software. Perceba que apenas a lista é salva, e não os pacotes propriamente ditos - estes serão baixados, em sua versão atualizada, no momento da restauração da lista no novo sistema.
Abra o MintBackup indo em Menu -> Administration -> Backup Tool
Clique em "Restore files" (restaurar/recuperar arquivos)
Se você salvou seus dados como um arquivo, escolha "Archive" (arquivo), do contrário escolha "Diretório" (diretório/pasta), e então indique a fonte dos dados que você salvou anteriormente.
Indique sua nova pasta Home como o destino.
Você pode ignorar as opções avançadas, já que sua pasta Home está vazia no momento. Essas configurações existem para otimizar as coisas para pessoas que já estão realizando seus backups rotineiros.
Revise a informação e clique em "Apply" (aplicar) quando pronto.
Abra o MintBackup indo em Menu -> Administration -> Backup Tool
Clique em "Restore software selection".
Selecione o arquivo previamente salvo com sua seleção de aplicativos e clique "Avançar"
Na próxima tela, você pode ver uma lista de pacotes. Seleciona aqueles que você deseja instalar e clique em "Aplicar".
Essa lista contém apenas pacotes que eram parte de sua seleção de aplicativos anterior e que não estão instalados no sistema atual. Os pacotes que já estão instalados em seu novo sistema não precisam ser instalados de novo, e por isso eles não aparecem nesta lista.
A qualquer momento, você pode clicar no botão "Fechar". Você não precisa instalar nada. Se você mudar de idéia depois, apenas execute a Ferramenta de Backup novamente e restaure sua seleção de aplicativos usando o mesmo arquivo. A lista vai aparecer e mostrar os pacotes que faltam.
Se você estava usando PPA ou outros repositórios e algum de seus pacotes previamente instalados não foram encontrados pelo sistema atual, esses pacotes vão aparecer na lista mas você não poderá selecioná-los. Se for esse o caso, atualize suas fontes do APT usando o Menu->Administração->Canais de Software para adicionar os repositórios que faltam, e então clique em "Atualizar" na Ferramenta de Backup.
OBS.: O botão "Atualizar" atualiza esta lista, não o cache do APT. Se você modificar seu /etc/apt/sources.list manualmente, certifique-se de executar "apt update" em um terminal.
Do nosso ponto de vista, o Ubuntu faz três coisas erradas:
A única vantagem oferecida pelo Ubuntu é que ele torna o processo trivial e totalmente automático. Entretando, considerando os riscos e a maneira como a atualização é de fato realizada, isso deveria ser considerado perigoso. Nós não recomendamos isso nem sequer pela linha de comando, de forma que desencadear esse processo pelo clique de um botão simplesmente não é aceitável para nós. É de fato bem fácil, mas não é a solução correta. Algumas vezes as coisas são suficientemente importantes para que seja melhor gastar algum tempo e fazê-las da forma correta. Quando se trata de upgrade do sistema, é importante copiar seus dados, testar a nova versão antes de instalar, e evitar qualquer pacote quebrado ou conflitante. O método escolhido pelo Ubuntu é totalmente gráfico e fácil de usar, mas ele falha ao fazer só isso, e isso é o que realmente importa.
Sim e não.
Uma distribuição de atualização contínua ("rolling") é aquela em que não há um salto entre uma versão e outra, os pacotes são continuamente atualizados. Graças a isso, os usuários não necessitam atualizar para nenhuma nova versão, mas há um custo em termos de estabilidade e ritmo de atualização. É mais fácil testar um sistema que está "congelado". Com uma base de pacotes móvel, cada nova mudança pode teoricamente introduzir problemas com outros pacotes... Em uma distribuição que dispõe de mais de 30.000 pacotes, levaria dias para realizar um teste completo de regressão a cada atualização de pacote.
O Debian é um bom exemplo disso. A versão estável é um instantâneo congelado da versão de teste. A própria versão de teste não é considerada totalmente estável, e pode levar bastante tempo até que novos pacotes apareçam nela. É claro, graças à natureza das distribuições contínuas, qualquer regressão introduzida por um novo pacote pode acabar sendo consertada dentro de alguns dias. De modo geral, as distribuições contínuas são bastante estáveis, pois os usuários rapidamente relatam falhas e os desenvolvedores são rápidos em consertá-las... Problemas acontecem, e eles são consertados!
Com uma base congelada, muitos testes são feitos, e depois disso as coisas dificilmente vão dar errado. Isso também dá à distribuição 6 meses entre cada versão, permitindo que os desenvolvedores não se preocupem com upgrades e possam gastar seu tempo em desenvolvimento e inovação.
A maioria das distribuições disponíveis atualmente adotam edições em ciclo. Exceções notáveis incluem Debian (excluindo o ramo "estável", que não é considerado uma distribuição contínua), Arch Linux, Gentoo, PCLinuxOS, Sidux e Foresight Linux.
Excelente @heltonbiker vai ajudar e muito os usuários brasileiros e portugueses. Mesmo que a pessoa fale inglês, ler no idioma nativo é mais confortável. Obrigado.
Boa tradução, estou pensando em fazer o mesmo.